sábado, maio 25, 2013

Há poemas que não se escrevem

mas que se passeiam pelo dia
vestidos de pânico e harmonia;
de sorriso em riste
(por vezes triste):
esmeralda-sedução,
futuro, desilusão.

Há poemas de todas as formas
versos ou prosas,
cravos ou rosas,
livros inteiros assim;


cantos abertos de liberdade
fados pranto de saudade
canções nossas sem fim.


Poemas curtos ou épicos
uns grandes, talvez inéditos
poemas de todas as formas e cores.

Poemas de guerra,
versos de morte
escritos sem cuidado,
talvez à sorte
linhas que nos deixam sonhar...

de todas as formas e feitios
uns enormes, outros vazios,
infinitos para nos fazer chorar.

E, entre tantos e impossíveis
escritos a sangue e suor
resta-nos a tristeza de saber
que entre todos os poemas e livros
poetas mortos e livres
restou a este coração nu
um poema assim
(imperfeito)
como tu.

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