segunda-feira, setembro 20, 2010

Sonho Pop Escuro

Não partas.
(por favor)

Não me deixes perdido, assim,
a sacudir o desespero neurótico
ao ritmo da electricidade fulminante da fuga
do teu semi-sorriso.

O teu semi-sorriso no meu,
perdido,
alienado pelo sonho das tuas pernas descoberta

Não partas;
Eu continuo aqui,
atrás de ti, escondido nas tuas memórias morenas,
esmagado entre os clones imperfeitos da minha devoção decadente,
na espera eterna de uma noite só,
no encalço incessante do teu corpo molhado
no meu.

sábado, setembro 18, 2010

Queria lembrar-me de ti;
de como começavam as frases que pensávamos em metades.

Mas já não me resta nada.
Nem uma memória de paixão reciclada,
nem um gesto técnico de amor,
ou promessas falsas de intimidade.

Queria apenas uma memória,
adormecer a sonhar eternidades,
um gesto mesmo que pobre, de carinho;
ou quem sabe até, saudade.