Morremos-nos.
Este ódio
quase carinhoso
sulfúrico
a apagar as pegadas
que escondemos no lixo
que esta cidade devora.
Que morras agora
e dês lugar ao arrependimento
como um mártir
condenado à acidez meteórica
da tua memória.
O próximo copo devolve-me
à raiva seca de tentar em vão
não gostar de ti.
Por agora chega-me esperar-te
na certeza dum perdão amaldiçoado
que pode muito bem desacontecer.
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