Somos o desastre perfeito;
Coleccionamos momentos impossíveis, e sonhos em que o tempo e o espaço se dobram numa vénia violenta de despedidas que fingimos nunca terem acontecido.
Lá em baixo a cidade disfarça-se de pomar, e os nossos lábios selam com esperança um momento que está sempre prestes a acabar.
Os nossos sorrisos brilham sincronizados, espelhos de felicidades desesperadas, a segurar na ponta dos dedos bocadinhos de esperança que se esticam até que o tempo se gaste, e a partida se imponha em desenhos de névoa e ameaças de saudade.
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