"Is man merely a mistake of God's? Or God merely a mistake of man's?" - Nietzsche
A ganância seria, caso eu conseguisse confinar o meu pensar a alguns dogmas aos quais pudesse chamar religião, o único pecado capital. Apenas um se poderá comparar-lhe como causa de morte, sofrimento, desespero, pobreza, morte. Mas esse não existe, e por isso não o poderemos considerar um pecado, no caso da existência dessa mesma religião. Deus. Porque somos fracos ao ponto de temer o desconhecido, quando apenas deveria ser admirado. Porque gostamos demais da mesquinheza das nossas vidas para aceitarmos perdê-la sem saber o que virá depois. Deus, Alá, Buda, Cristo, Maomé, Buda. Poderíamos salvar o mundo usando-os. Em vez, usamo-los para o destruir, nomeando-os para as causas mais nobres, para os massacres mais justificados que são nenhuns. Porque por eles construímos templos que salvariam vidas e ajudariam os mais necessitados, caso não existissem. Guardamos tesouros cujo valor não tem cálculo possível, cuja adulação inútil os justifica, quando nada que é inútil poderá algum dia servir de justificação. E assim começou a humanidade a morrer, a perder-se rumo ao fim, quando descobriu o valor que a unitilidade pode ter, o valor da prepotência que sempre conspurcou os corações dos homens. Quando o sentido prático se dissolveu num emaranhado de valores e medições, de hierarquias e redomas de poder, de injustiça e desigualdade (que acabam por ser também valores e medições, sendo-o no entando de algo que nunca existiu: justiça, e igualdade, excepto, quem sabe, no início de tudo, quando o nada era ainda dominante), a humanidade começou a apodrecer de dentro para fora, e a podridão e a vilania implodiu, desde os nossos corações, expalhando-se como uma praga pelo mundo fora. E vemos agora morrer os nossos irmãos e não sentimos nada além de uma cólica enjoada fruto da decrepetitude dos seus cadáveres imundos. E assim vivemos num mundo podre, morto, pela ganância e pelo deus que nunca existiu, e que se tornou apenas mais um bode expiatório do eterno egoísmo humano.
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