já não te sei esquecer - olá, bem vinda de volta a este carrossel fúria tarde tempestade verão vestido de inverno da cabeça aos pés relâmpagos encharcados de saudade - estamos de volta ao ponto perpendicular à esperança, ao carrossel em que ensaiamos suicídios em forma de dança, ao carinho desenhado com gestos siameses, quase sem medo da felicidade.
e falhar. corredores em que abraços nos encostam ao esquecimento em que os nossos braços repousam agora, devolvidos ao silêncio, vazios, perdidos nesta fuga precipitada, nesta lonjura de não nos conseguirmos amar.
e falhar. corredores em que abraços nos encostam ao esquecimento em que os nossos braços repousam agora, devolvidos ao silêncio, vazios, perdidos nesta fuga precipitada, nesta lonjura de não nos conseguirmos amar.
fomos feito assim, desamparados um do outro, plantados em continentes separados, forjados em lágrimas estrangeiras, nascidos em poemas ieroglíficos impossíveis de decifrar, entregues a um carinho sem fronteiras que ameaça a nossa sombra como a promessa da desilusão iminente.
o planeta que nos separa é quase visível deste canto do mundo que me abandona; é pequeno, dado a sonhos e esperanças, erguido em forma de muralha ao longo deste país-cadeia-desilusão que nos acolhe
na morte como à nascença,
na vida como na saudade.
o planeta que nos separa é quase visível deste canto do mundo que me abandona; é pequeno, dado a sonhos e esperanças, erguido em forma de muralha ao longo deste país-cadeia-desilusão que nos acolhe
na morte como à nascença,
na vida como na saudade.