espero-te aqui - onde a esperança acaba como o último cigarro do condenado. os teus lábios ensinaram-me a felicidade instantânea do adeus. somos isto - um abraço turquesa escondido de todos, à espera que a tristeza se possa esquecer de chegar. os teus ombros descobertos descansam nos meus lábios das paixões adúlteras que nos esperam ao virar da vida, na substituição possível deste nosso calor condenado ao vapor e ao esquecimento. aqui, depois do fim, há um halo a melancolia impossível de evitar - uma lembrança pálida do teu peito desenhado de felicidade, a respirar descoberto nos meus dedos abandonados. espero-te aqui, no fundo da esperança, perfumada pela tristeza que me deixaste condensada na cama, e que me obriga inevitavelmente a sorrir.
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