Atravessas as fotografias de memória em punho e esquartejas a solidão.
Há dias em que me atacas.
Surges do nada, a sorrir melancolias, como uma criança que diz adeus desde o fim do amor.
Há dias em que me persegues.
Dias sem noite que se esticam pelo teu corpo como a saudade, em chamas.
Dias que não têm nome, ou horas, ou jardins.
Em que as nossas ruas se cruzam em cidades diferentes, e me contas o segredo do teu nome.
Cidades diferentes com cemitérios iguais.
Há dias em que me morres.
Dias negros em que te sei ausente como a esperança.
Dias em que me lembro de te esquecer.
Dias em que me recordas, dias secretos em que me tentas matar.
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