Há uma sombra
no teu lugar à mesa, preenchido
pela Ausência.
Há uma sombra
no despedaçar ruminante dos momentos,
nos espaços vazios entre almoços
e jantares, em que esperamos por ti.
Há uma sombra
no vácuo que nos engole as palavras,
a disfarçar a indiferença impossível de estares longe.
Há uma sombra.
Há uma sombra
que nos cobre;
Uma sombra tenebrosa que nos lembra
que nenhum de nós viverá para sempre,
e tu também não.
3 comentários:
Foi um prazer conhecer nova boa poesia ontem na FNAC.
Vou fazer-me de convidada.
Obrigado!
Quem já está convidado não precisa de se fazer de convidado =P *
e uma coisinha mais alegre não? trevas, sombras, demónios e sangue a esguixar para o tecto vindo de uma carótida mal esquartejada são coisas fixes mas é naquela... que tal uma poesia quimbarreiriana? isso é que era :)
JB
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