de não saber
mentir
de olhar
rostos de prata, sorrir em paz
desenhos perfeitos
sorriso, fantasmas
do fundo, de dentro
para o mundo
verdadeiro, de alma
sois que brilham
de luz
ondas de sal que os banham
leve, suave suave
de dentro da terra
para nós
por nós
de ti
para ti
luas, crescente e minguante, brilhante
cortadas na estrela vespertina da aurora
sorriam, como sempre, sorri
leões soltos, sedentos de caça
feiticeiros, magos, imperadores, ditadores
soltai ao vento o poder oculto
negro da magia que nos fascina
o tenebroso olhar escarlate
sorridente
o que és
deusa, musa, destino,
espera, efémera, teimosia
de lágrimas soltas por cair
enxugadas, perdidas
pedidas ao sorriso crepuscular em dias sem fim
amarelo, laranja, rosado, encarnado, carmesim...
cedo agora
cansado de não resistir
à espiral centrífuga de tumultos intra venosos
pulsando sangues fugidios
transfusões de fogo e chama
ao sangue da tua alegria